A viagem pelas brincadeiras do Brasil
continua no Mato Grosso. Na capital, os jogos estão perdendo espaço nas ruas e
precisam ser incentivados por educadores. "Com o aumento dos prédios e do
trânsito a escola passou a ser um local privilegiado de convivência. Por isso,
é preciso assegurar o direito da criança brincar", explica a professora de
Educação Física do Sesi Escola, Divandreia Vallim. Lá, brinca-se muito e de
jogos variados, como rio
vermelho e balança-caixão.
Já na Chapada dos Guimarães, a 69
quilômetros de Cuiabá, todos os dias, às 17h30, o ônibus escolar percorre o
bairro Sol Nascente trazendo a garotada da escola. Todos deixam as mochilas em
casa e correm para rua. Com exceção de um ou outro adulto inteirado, poucos
participam desse universo. "Quem constrói e faz as regras valerem é a
criança", diz Micheli Sierra, da
Cia Alegris Brinquedos e Brincadeiras. Enquanto o sol forte da Chapada dá lugar
a um céu repleto de estrelas, os pequenos da vizinhança se divertem brincando
de chocolate
inglês, que intercala movimentos com as mãos
e com os pés. Da mesma região, você também conhece, a seguir, galinha, pintinho e raposa, um jogo divertido no qual vence quem consegue
correr para os braços da mamãe galinha.
Chocolate inglês
Como brincar: Forma-se um círculo colocando uma mão sobre a outra, com as palmas para cima. Todas cantam, batendo na mão de quem está do lado esquerdo. Quando a música termina, quem teve a mão tocada por último pisa no pé de quem está ao seu lado. Se não conseguir, pode piscar discretamente para outro participante da roda. Este, por sua vez, terá que tentar pisar no pé de outra criança. Essa tentativa se repete no máximo três vezes e quem leva a pisada sai da roda. A brincadeira prossegue até restar uma criança.
Variações: Outras
versões de chocolate inglês são brincadas pelo país, com alterações nas regras.
Em uma delas, a criança que teve a mão tocada fala o nome de outra participante
do jogo, que pode pisar no pé de quem está ao seu lado. Em outra, todos dão
três passos para trás quando a música termina. Quem teve a palma da mão tocada
dá mais três passos em direção ao colega mais próximo. Se o alcançar, o colega
sai da brincadeira. Há também sutis variações nas letras das músicas. Em uma
delas, ao fim, canta-se: "Dole um, dole dois, dole três. Chapou,
pisou".
Letra da música
Chocolate inglês
Tá na boca do freguês
De primeira qualidade
Chocolate inglês
Tá na boca do freguês
De primeira qualidade
Galinha, pintinho e raposa
Como brincar: Uma criança é a galinha e outra, a raposa. As demais são pintinhos e se posicionam a uma distância de cerca de 4 metros da galinha. A raposa fica entre eles, faminta e pronta para devorar os pintinhos. Eles, em coro, dizem: "piu, piu, piu". A galinha chama: "venham cá, meus pintinhos!" Eles, então, respondem: "tenho medo da raposa!" Ela, por sua vez, demonstra sua fome com uivos e ruídos. A galinha chama sua ninhada três vezes. No quarto chamado, os pintinhos correm em disparada, na direção de seus braços.
Como brincar: Uma criança é a galinha e outra, a raposa. As demais são pintinhos e se posicionam a uma distância de cerca de 4 metros da galinha. A raposa fica entre eles, faminta e pronta para devorar os pintinhos. Eles, em coro, dizem: "piu, piu, piu". A galinha chama: "venham cá, meus pintinhos!" Eles, então, respondem: "tenho medo da raposa!" Ela, por sua vez, demonstra sua fome com uivos e ruídos. A galinha chama sua ninhada três vezes. No quarto chamado, os pintinhos correm em disparada, na direção de seus braços.
Enquanto isso, a raposa tenta pegar
quantos pintinhos conseguir. Os que conseguirem tocar a mãe são salvos e voltam
a brincar. Quem é pego pela raposa fica em fila atrás dela e não pode jogar.
Ganha a brincadeira aquele que for o último a ser "devorado" pela
raposa. "Gosto de ser a galinha, para ganhar um monte de abraços",
diz Nataly de Pinho Moraes, 8 anos.
Rio vermelho
Como brincar: Um participante é escolhido para ser o pegador. Ele permanece no meio da rua ou da quadra e os demais ficam reunidos em um dos lados. O grupo diz: "Queremos atravessar o rio vermelho!". E o pegador: "Só se tiverem a minha cor". O grupo, então, pergunta: "Que cor?". O pegador escolhe um tom e aqueles que o tiverem ¬- em algum detalhe da roupa ou do sapato - podem atravessar. Os restantes devem tentar passar para o outro lado também, mas precisarão correr para escapar do pegador. A brincadeira acaba quando todos forem pegos ou tiverem atravessado para o outro lado. O primeiro a ser pego é o próximo pegador.
Balança-caixão
Como brincar: Uma criança é o rei e senta-se em um banco qualquer, chamado de trono. Outra é o servo e apoia o rosto no colo do rei. As demais formam uma fila atrás do servo, apoiando-se umas nas costas das outras. A fila balança para um lado e para o outro cantando. O último da fila dá um tapinha nas costas de quem está na sua frente e se esconde. Isso ocorre sucessivamente, até chegar a vez do servo, que procura os demais. "Ele precisa ter paciência para procurar bem. Eu, por exemplo, fiquei bem escondidinho", diz Nickolas Israilev Lobato, 5 anos.
Como brincar: Um participante é escolhido para ser o pegador. Ele permanece no meio da rua ou da quadra e os demais ficam reunidos em um dos lados. O grupo diz: "Queremos atravessar o rio vermelho!". E o pegador: "Só se tiverem a minha cor". O grupo, então, pergunta: "Que cor?". O pegador escolhe um tom e aqueles que o tiverem ¬- em algum detalhe da roupa ou do sapato - podem atravessar. Os restantes devem tentar passar para o outro lado também, mas precisarão correr para escapar do pegador. A brincadeira acaba quando todos forem pegos ou tiverem atravessado para o outro lado. O primeiro a ser pego é o próximo pegador.
Balança-caixão
Como brincar: Uma criança é o rei e senta-se em um banco qualquer, chamado de trono. Outra é o servo e apoia o rosto no colo do rei. As demais formam uma fila atrás do servo, apoiando-se umas nas costas das outras. A fila balança para um lado e para o outro cantando. O último da fila dá um tapinha nas costas de quem está na sua frente e se esconde. Isso ocorre sucessivamente, até chegar a vez do servo, que procura os demais. "Ele precisa ter paciência para procurar bem. Eu, por exemplo, fiquei bem escondidinho", diz Nickolas Israilev Lobato, 5 anos.
Letra
da música
Balança caixão
Balança você
Dá um tapa nas costas
E vai se esconder
Balança caixão
Balança você
Dá um tapa nas costas
E vai se esconder
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